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Venezuela faz teste para as eleições e clima eleitoral

Venezuelanos participaram neste domingo (30) do simulacro eleitoral no país. A ideia era testar não só os equipamentos, mas o processo de organização e a dinâmica das mesas de votação para as eleições presidenciais de 28 de julho no país. Ao todo, 1,174 centros de votação com 3.006 mesas eleitorais participaram do teste. Esse número será maior no dia do pleito.

A participação total ainda não foi divulgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Cerca de 21,4 milhões de eleitores estão registrados para participar das eleições. O presidente do CNE, Elvis Amoroso, celebrou a participação no simulacro. Ele agradeceu os funcionários do conselho, que trabalharam neste domingo na organização dos teste e disse que tudo saiu “perfeito”.

“As máquinas são as melhores do mundo. O venezuelano tem que se sentir orgulhoso de ter o melhor sistema eleitoral do mundo. Um exemplo para aprofundar a democracia. Vimos todos os aspectos técnicos, logísticos. Tudo foi perfeito. Estamos seguros de que essa festa eleitoral vai terminar com êxito em 28 de julho”, afirmou Amoroso.

A vice-presidente, Delcy Rodriguez, também comemorou o exercício deste domingo. Segundo ela, a ideia é que seja um “ensaio técnico” para o dia das eleições.

“Se tem uma coisa que caracterizou o povo venezuelano depois de 1999, é o pleno exercício da sua soberania. A soberania popular está no povo. Viemos hoje para este teste que é mais que um ensaio técnico, porque o que está aqui é o povo com a sua alegria e emoção”, afirmou.

O simulacro eleitoral é realizado desde 2012 no país, mas não só aspectos técnicos fazem parte do teste. O evento também é uma forma de familiarizar com o sistema o jovem eleitor que vai votar pela primeira vez. Orlando Sanchez tem 55 anos e levou sua filha, que vai estrear como eleitora. Segundo ele, a motivação dos venezuelanos em torno das eleições está crescendo cada dia que o pleito se aproxima.

“É dever de todo venezuelano cumprir com suas obrigações e direitos. Um deles é o voto para escolher nosso presidente. É uma forma também de testar o sistema, para ver se está tudo correto. Para nós é uma festa, e o clima eleitoral está cada vez mais forte. Olha o tamanho dessa fila? Se está assim agora, imagina nas eleições”, afirmou ao Brasil de Fato.

As filas se estenderam em diferentes centros de votação. Desde as 7 horas da manhã, eleitores já davam a volta da escola Emilio Gimón Sterling de Catia La Mar, em La Guaira. Mesmo com um calor forte, as calçadas estavam cheias antes do horário previsto para abrir os portões. A votação aconteceria de 8h às 17h, mas, pelas grandes filas formadas, o horário foi estendido até as 19h.

Oscar Mujica acordou às 7h e ficou 30 minutos na fila. Para ele, a maioria dos que saíram para votar neste domingo apoia a reeleição do presidente Nicolás Maduro.

“Eu particularmente acho que a maioria dos que saíram hoje para votar é mais apoiadora do governo porque também é uma forma de apoiar o processo e a revolução. O governo fez uma campanha para testar, ver os erros do sistema eleitoral e isso para nós faz todo o sentido, porque melhora o sistema”, disse. 

O governador de La Guaira, José Alejandro Terán, afirmou que o êxito da organização e a participação massiva são fundamentais para aprofundar a democracia na Venezuela. 

“A participação popular e as eleições tem uma tradição de muito tempo no país. Não é algo novo para o venezuelano. Isso é fundamental para ampliar o debate público e também construir uma sociedade que tenha no povo o seu norte”, disse ao Brasil de Fato

O candidato de oposição Antonio Ecarri foi votar na escola Francisco Pimentel, em Caracas, e pediu a participação com “calma” para que haja uma mudança no governo. Ele disse que é importante que o venezuelano “estude para praticar a democracia” e afirmou ser importante a presença nos testes. Segundo ele, a “violência traz mais violência”. 

Maduro contra 9

A corrida eleitoral do país tem 10 candidatos. O presidente Nicolás Maduro tenta a reeleição para um terceiro mandato. Ele enfrentará nove candidatos de oposição, sendo o principal deles o ex-embaixador Edmundo González Urrutia. Maduro é apoiado por María Corina Machado, que está inabilitada por 15 anos pela Justiça venezuelana e não poderá concorrer. 

Em junho, 8 dos 10 candidatos assinaram um acordo para respeitar o resultado das eleições. Edmundo se recusou a participar e não assinou o documento. Além dele, Enrique Márquez, do partido Centrados, não assinou.

Edição: Rodrigo Durão Coelho


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